Tradução simultânea: a importância da preparação do intérprete em cada evento
Como o conhecimento sobre a realidade de determinadas áreas pode ser decisivo para uma boa tradução simultânea
Quando se fala em tradução, inúmeras são as práticas às quais se pode fazer referência. Dentre elas, a tradução simultânea é uma das mais desafiadoras. Trata-se de traduzir a fala de um interlocutor imediatamente após o seu pronunciamento, mantendo ainda os princípios de tradução, como fidelidade e precisão. É muito utilizada em eventos internacionais, nos quais é difícil encontrar uma língua comum a todos os participantes.
A dinâmica do processo acaba por aliar duas características que geralmente não se relacionam: rapidez e qualidade. O que acontece nos processos de tradução simultânea, de forma geral, é a tradução das ideias de cada trecho do discurso; e não uma tradução direta, frase a frase. Diante desse cenário, o intérprete – profissional da tradução que atua no âmbito oral – além de dominar as habilidades de tradução da fala, deve ainda ser conhecedor do assunto que estará traduzindo.
MUITO ALÉM DA TRADUÇÃO: O TRADUTOR-INTÉRPRETE
O profissional da tradução simultânea, além da fluência nas línguas de entrada e saída, deve ter conhecimento específico da terminologia utilizada naquela área ou meio profissional. Jargões, expressões e construções linguísticas profissionais são um campo muito específico que requer atenção especial.
Na maioria das vezes, cada língua tem seu próprio termo para determinada situação que encontra um termo equivalente em língua estrangeira, mas não necessariamente uma tradução. Outro caso comum ocorre quando termos não são traduzidos, mas utilizados em sua língua de origem pelos profissionais da área de diferentes países, enquanto que, no mesmo contexto, há outros termos que são traduzidos normalmente.
Desse modo, cada profissão tem uma realidade muito própria, não sendo possível traçar exatamente um padrão. Os exemplos a seguir nos ajudam a entender que, por vezes, mesmo dentro da própria área do conhecimento, há uma alternância entre a utilização de termos traduzidos ou não.
O QUE TRADUZIR E O QUE NÃO TRADUZIR?
Cada área do conhecimento apresenta especificidades, seja no modo como se organiza a rotina do profissional, as habilidades práticas ou os conhecimentos teóricos. O que pode acabar passando despercebido é que todas as profissões têm vocabulários específicos e particularidades no modo de falar sobre determinados acontecimentos.
Na área de Fisioterapia, por exemplo, os termos considerados como mais básicos pelos profissionais são todos traduzidos: nomes anatômicos, patologias e ações como “rotação” são exemplos dessa categoria. Para os demais assuntos, a realidade muda caso a caso: técnicas de manipulação costumam levar o nome de seus criadores: Kabat, por exemplo. E alguns procedimentos são mais comumente chamados pelo nome de origem; “trust”, do inglês, e “pompage”, do francês, ambos termos para descrever técnicas de exercícios fisioterapêuticos.
No mundo da Gastronomia, a convenção geral é a utilização de todos os termos técnicos em francês, idioma de origem, sendo traduzidos unicamente os ingredientes e nomes de utensílios.
No âmbito do Direito, encontramos uma dinâmica mista entre palavras em língua estrangeira e traduzidas. O grande diferencial, no caso, é a utilização de expressões em latim, muito comum tanto na fala, quanto na escrita dos profissionais; por exemplo: Bis In Idem, Ita speratur justitia e pecunia non olet.
Entender todas essas nuances, antecipar sua utilização e estar preparado para transmiti-las aos ouvintes de forma correta e clara: é uma das mais importantes habilidades de um intérprete ao realizar traduções simultâneas.
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